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Mato Grosso inicialmente abrangia o que hoje são os Estados de Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Em 1943 foi dividido, nascendo o Território Federal do Guaporé, depois denominado Rondônia e finalmente, Estado de Rondônia. Em 1977, novamente dividido, nasceu o Estado de Mato Grosso do Sul. Nestas diretrizes denominamos Mato Grosso pelos limites atuais. Mato Grosso apresenta quatro grandes ecossistemas: pantanal, cerrado da Amazônia e do Araguaia, fazendo parte de uma Região geográfica de transição entre as Regiões Sul e Norte e apresentando um clima estável dividido em duas estações: a das chuvas e da seca.

Os povos indígenas foram os primeiros ocupantes de Mato Grosso em todos os quadrantes. A primeira migração – cerca de 14.000 anos antes da era cristã –, provavelmente era aruaque, de porte franzino e muito inteligente. Onde esse povo aruaque viveu sem contato com outros povos, conservou suas características originais, o mesmo acontecendo também com os Paresí. Onde ocorreu contato, os povos chegados depois, venceram os aruaques, mas, com o tempo os aruaques retomaram o poder. Da miscigenação formaram-se povos fortes fisicamente e muito inteligentes.

Hoje em dia encontram-se distribuídos em quatro grandes troncos lingüísticos: – macro-jê, aruak, caribe, tupi – além de outras línguas isoladas. Forma uma riqueza ímpar entre os povos indígenas de todo o Brasil. Os conceitos de identidade indígena variam muito. Conforme o critério adotado, nomeiam-se entre 36 e 47 povos indígenas.
Em 1670 começa a penetração paulista em território mato-grossense, interrompida com os descobrimentos de pedras preciosas em Minas Gerais. Após 1708, os paulistas voltaram novamente a escravizar índios e levá-los para São Paulo. Foi quando descobriram ouro e a 8 de abril de 1719 lavraram a Ata de fundação de Cuiabá.
A ocupação de Mato Grosso se processou lenta, com exceção dos últimos 27 anos.
O Brasil já era colonizado há 219 anos e Mato Grosso ainda continuou por 79 anos como colônia portuguesa em clima de guerra defendendo o oeste do Brasil, frente aos espanhóis. Até a abertura da navegação do rio Paraguai, em 6 de abril de 1856 – com 137 anos de história escrita – existiam apenas quatro municípios: Cuiabá, Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade), Diamantino e Poconé.
Em 1950, “Mato Grosso ainda era terra sem ninguém”, fechando 231 anos de história com somente 14 municípios: Alto Araguaia, Aripuanã, Barra do Bugres, Barra do Garças, Cuiabá, Cáceres, Diamantino, Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade), Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Poxoréo, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leverger, Várzea Grande. Aripuanã era então mais figura do que realidade, com sede municipal erroneamente colocada no Território Federal de Rondônia e se ligava mais a Manaus do que a Cuiabá.
A partir de 1950, os garimpos e a colonização programada do Estado de Mato Grosso fizeram o Estado desenvolver um tanto, mas ainda no sul. Durante 24 anos – até 1974 –, 19 municípios foram criados, mas Porto dos Gaúchos era exceção, situado ao norte de Diamantino.
De 1974 em diante, sob o influxo da avassaladora frente agrícola, – em 28 anos apenas –, foram criados 106 municípios, agora ocupando todos os quadrantes de Mato Grosso. Mas o norte ainda continua rarefeito. Ao norte da linha que corta quase ao meio os municípios de Comodoro, Diamantino, Paranatinga, temos 60 municípios, quase a metade dos municípios do Estado (142), ocupando 2/3 aproximadamente da extensão do Estado.
Mato Grosso tornou-se uma potência exportadora nacional, mas baseando o progresso econômico na economia primária em safra de monocultura sazonal dependente das chuvas.

fonte: Diretrizes e Orientações Pastorais 2002 a 2004





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